Pequenas empresas de alimentos e as Boas Práticas: novos desafios e o papel do consultor neste cenário

 

           As Boas Práticas de Fabricação compreendem atividades que garantem a produção de alimentos seguros para o consumo em toda cadeia alimentar e sua implantação no comércio de alimentos é obrigatório.

         O controle sanitário de alimentos no setor industrial de grande porte já avançou bastante. No Segmento Mesa – estabelecimentos que fornecem alimentos prontos direto ao consumidor final como bares, restaurantes, lanchonetes, padarias, hotéis, bufês, quiosques, açougues, etc. – e no ramo das pequenas indústrias (e das agroindústrias), ainda é necessário um amplo trabalho de conscientização e adequação.

       A implantação das Boas Práticas prevê a avaliação do ambiente de trabalho e das pessoas envolvidas nos processos produtivos, analisando, basicamente, os procedimentos de higiene em todas as etapas do processo de produção até que o alimento seja consumido.

         Este processo constitui-se num grande desafio, pois a realidade da maioria dos estabelecimentos que produzem e comercializam refeições ainda é muito adversa, principalmente sob o ponto de vista sanitário.

         Além das Boas Práticas, a implementação de outros Sistemas de Garantia de Qualidade – como o Programa 5S, Procedimentos Operacionais e APPCC – são procedimentos fundamentais para que as empresas ligadas ao setor de alimentos sobrevivam nestes novos cenários competitivos onde o sucesso depende cada vez mais da satisfação do cliente. Elas precisam estar atentas para esse novo aspecto, revendo continuamente seus processos e inovando sua gestão.

        É preciso mobilizar os recursos humanos envolvidos neste processo, para que participem do processo de mudança. Não por exigência da fiscalização ou por possibilidade de receber infrações, mas por ética profissional e consideração à saúde do consumidor.

        As Boas Práticas promovem um nível de segurança do alimento para consumidores e empresários, pois minimizam o risco de ocorrência de surtos alimentares e outros perigos. Isto faz com que o cliente tenha confiança em determinado estabelecimento no consumo de alimento. Os consumidores, o mercado interno e externo e a legislação estão cada vez mais exigentes.

         Um profissional que desponta com papel fundamental neste momento de mudanças é o consultor na área de alimentos. Enquanto as grandes empresas mantêm em seu quadro de pessoal profissionais específicos para implantação dos sistemas de qualidade exigidos por lei, os pequenos proprietários podem optar pelo trabalho de consultoria terceirizada, que tem por objetivo auxiliar as empresas determinadas a rever sua lógica de gestão de forma a atender as determinações legais e outras que garantam a segurança no consumo dos alimentos produzidos e assim oferecer produtos e serviços seguros ao consumidor.

 

Danielle Lopes Ferreira

Nutricionista

27/07/2022

@nutridanilopes

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