O consumidor é o melhor fiscal nos estabelecimentos de alimentos
O mercado de alimentos
tem crescido consideravelmente em todo o Brasil e muitas formas novas de
estabelecimentos surgem a cada dia. São produtos gourmet, plant based, clean
label, produtos naturais, deliverys de todos os tipos e muito mais. Sem falar
nos estabelecimentos já tradicionais - como restaurantes, padarias, supermercados,
açougues, lanchonetes - que precisam estar sempre inovando para se manter
competitivos no mercado.
A Vigilância
Sanitária fiscaliza, mas a demanda é muito grande e nem sempre é possível estar
em todos os lugares. Aí que entra a ajuda do consumidor. A consciência de todos
sobre alimentos seguros precisa melhorar.
Quando você entra
em um comércio para comprar alimentos, já espera que no mínimo, os produtos
tenham sido manipulados de forma correta. Buscam parâmetros como benefícios,
valor, sabor, características sensoriais (cor, aroma, aspecto em geral) e
embalagem, mas não se preocupa com doenças transmitidas por alimentos ou
contaminação química e física por exemplo.
O consumidor já
subtende que aquele local cumpre com suas obrigações legais, o que ainda é raro
nos estabelecimentos. O comércio ou indústria raramente cumprem com o necessário
para manter o alimento seguro.
Aí que entra o
consumidor que precisa começar a agir com maior consciência. Buscar conhecer um
pouco da legislação, ser capaz de ter um olhar crítico sobre o ponto de venda,
passar a questionar os erros e valorizar os acertos. Se preocupar com os riscos
que os produtos podem causar à saúde.
Perguntas
importantes precisam ser feitas ao entrar numa loja como: o negócio proporciona
qualidade aos alimentos, garantindo a segurança higiênico-sanitária desses
produtos? Há boas práticas de manipulação?
O básico é fácil
observar: os funcionários cumprem com as normas de higiene e comportamento no
local de trabalho? Unhas curtas, limpas, sem esmaltes, adornos (brincos, anéis, colar pulseira), sem barbas, bigodes, com
uniforme limpo e passado, protetor capilar cobrindo todo o cabelo? Lavam as
mãos corretamente? E a higiene da estrutura física? Pisos, paredes e tetos
limpos e livres de bolores? Presença de insetos?
Observar esses
parâmetros mínimos já dá uma ideia se o estabelecimento segue as boas práticas
de fabricação. Se não tiver nem esses tópicos conformes, a chance de adquirir
um produto impróprio para consumo é muito grande.
O consumidor
espera que no mínimo o produto seja manipulado de forma correta e que o
estabelecimento esteja regularizado na Vigilância Sanitária. Muitas lojas
não cumprem as normas, por isso devemos conhecer um pouco mais sobre os
regimentos para exigir maior qualidade desses negócios.
Se os clientes
parassem de comprar em locais fora dos padrões, o proprietário só tem duas
opções: ou melhorar ou fechar. Mas enquanto não houver esse olhar crítico do
consumidor, o empreendedor não vê porque investir em qualidade.
Com uma
maior consciência e cobrança todos saem ganhando. Vamos lá consumidor! Conheça
o básico das legislações de alimentos para escolher com consciência onde
comprar!
Danielle Lopes Ferreira
Nutricionista
21/07/22
@nutridanilopes
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